Webinar – A graduação da Unicamp na transição para o ensino remoto emergencial: desafios, aprendizagens e perspectivas

A graduação da Unicamp na transição para o ensino remoto emergencial: desafios, aprendizagens e perspectivas

“O que não se indica no ensino remoto é ficar diante de uma tela por 4 horas em uma aula passiva”

Ocorreu nessa terça-feira, dia 21 de julho, o 12° webinar PRG, em parceria com o EA² e GGTE, com o tema “A graduação da Unicamp na transição para o ensino remoto emergencial: desafios, aprendizagens e perspectivas”. Foi mediado pelo coordenador do GGTE, Prof. Dr. Marco Antonio Garcia, e pela coordenadora do EA², Profª. Dra. Soely Polydoro, e teve a apresentação da Profaª. Dra. Eliana Martorano Amaral, professora-titular de obstetrícia da FCM e Pró-Reitora de Graduação da UNICAMP. O webinar contou com a participação de docentes da Unicamp e de instituições de ensino superior de todo o Brasil.

Em sua apresentação a professora Eliana ressaltou que as ações desenvolvidas pela Unicamp, de transferir suas atividades de ensino presencial para ensino remoto, foram o resultado de projetos em andamento antes da pandemia, como o Renovagrad,  que buscavam estimular os cursos de graduação a apresentarem propostas de inovação curricular, para a adoção do ensino híbrido (adoção de recursos digitais no ensino presencial), de apoio à formação docente e apoio à permanência.

Esses projetos foram propostos após a elaboração de um mapa estratégico no início do mandato da atual gestão, e visava aprimorar a permanência e os currículos, em uma aprendizagem voltada ao aluno, mais flexível e interdisciplinar. Busca apoiar o desenvolvimento pessoal de docentes e alunos, e a valorização da igualdade e diversidade.

Com a crise sanitária do novo coronavírus vieram os desafios e a necessidade de adaptação. A Profª. Eliana informou que a parte mais complicada de adaptação foram os ajuste das normas, responsáveis pela regulamentação do que pode ou não ser feito. Veio também a necessidade de apoio ao docente, para isso o EA² elaborou uma página com dicas para ajudá-los; e o apoio ao estudante, através de uma postura empática por parte da Administração e algumas atitudes específicas, como a manutenção das bolsas de permanência (com a adaptação das atividades), a facilitação ao acesso a recursos digitais (como computadores e chips, pelo voluntariado na Unicamp) e cuidados com a saúde e a saúde mental de docentes e alunos.

Os webinários realizados foram uma iniciativa de formar parcerias e conversar com universidades nacionais e internacionais, que já passaram e/ou estão passando por essa crise. É uma forma de trocar experiências e dicas sobre o que funciona e o que não.

Para a Profª. Eliana, “O que não se indica no ensino remoto é ficar diante de uma tela por 4 horas em uma aula passiva”; ela afirmou que é importante ter o material gravado, mas também proporcionar um momento de discussão, de aplicação do conhecimento, o que é chamado de ‘sala de aula invertida’. Afirma a importância de se regular os conteúdos, sem o excesso de aulas e de atividades, focando no processo de aprendizado dos alunos.

Em sua fala ela afirmou que essa experiência veio para mostrar como os recursos digitais podem ser incorporados e como podem complementar o ensino presencial. O que será aproveitado como complemento do ensino será o quê, na opinião dos alunos e docente, contribuir efetivamente para o processo de ensino e aprendizado.

E pensando no que foi aprendido, a Profª. Eliana, reforça a solidariedade, a colaboração e a empatia com a situação do outro. E que “Para o futuro se espera ser colaborativo, empático e inovador”, seja nas relações pessoais, com a comunidade da Unicamp e com outras instituições.

Texto: Giovana Lima, com supervisão Profª Daniela Gatti